terça-feira, 30 de junho de 2015

Não desejo mais do que desejava antes, nem menos do que posso vir a desejar. 
Mas não falo do desejo do corpo, do desejo do toque.  Refiro-me ao desejo ínfimo daquela alma que escorre por arguição. Aquele desejo de ao menos se saber ao certo o que deseja. 
Estou aqui, mas meus desejos estão espalhados e distantes como as estrelas no céu, o que se vê é somente um ponto brilhante, um nada diante da imensidão do verdadeiro ser. 
Tento me aproximar, juntar todos em um abraço longo ao cair da noite, mas me esqueço que é impossível abraçar todas as estrelas, ou mesmo vê-las bem de perto. 
É como querer abraçar uma galáxia, que pode ser pequena aos olhos de alguém, mas é tudo o que cerca, aos olhos meus.