sábado, 1 de agosto de 2015

Vem,
 fica um pouco mais.
 Faz uma pausa pro café.
Deita em mim.
Me deita em ti.
Faz uma pausa pra me amar.
Mas não se incomode,
não me deixe lhe incomodar.
Mudei algumas coisas de lugar.
 Não se incomode com a bagunça,
 já está assim há tanto tempo que aprendi a caminhar.
E pense de novo,
 me olhe e sorria mais uma vez,
quem sabe com teu riso não fique mais leve pr'eu limpar.
Não vai,
ainda não.
Temos muito a fazer,

Quem sabe eu só tenha vindo pra findar tuas certezas,
 lembra?
Aquelas que carregava antes d'eu
 invadir tudo.
Consegue ouvir?
é o barulho do trem em sua última chamada.
Embarcarei nessa estação e descerei em outra qualquer,
 na esperança de que teu caminho te leve até lá.
 E se quando eu descer, tu estiveres lá me esperando,
 me pegue pra ti de novo.
 Mas pegue direito, com cuidado,
pra não machucar a conexão que recém descobrimos com teus
caminhos cruzados.
E, por favor,

pegue para sempre dessa vez.