segunda-feira, 13 de abril de 2020

Essa herança da qual tento fugir, mas inevitavelmente será entregue a mim

Eu tentei fugir tentei com todas as minhas forças.
Não toquei a caneta, ou o papel, ou o bloco de notas do celular.
Mas falhei.
Resolvi escrever sob pena de enlouquecer caso não o fizesse.
E não digo enlouquecer no bom sentido.
Me refiro a coisas ruins.
Coisas ruins.
Estou ouvindo a mesma música pela décima segunda vez. Vamos lá.
Sempre me espanto com o rumo o qual as coisas da vida podem tomar.
Em como cavamos abismos com nossos próprios pés e mãos.
Isso não é bem um texto. Se está procurando uma poesia de amor, pule este texto e talvez encontre algo mais a frente.
Afinal, é assim que vivemos a vida, caminhamos para ver o que há mais a frente.
Minha mente se encontra momentaneamente inundada de ansiedade,
um passo de cada vez, é o que devemos repetir até cair no sono.
É realmente evitável tentar decifrar o próximo passo antes que seja dado?
ou é apenas mais uma daquelas coisas abstratas e inatingíveis que colocamos como objetivo?
Mas aqui estou, aqui estamos.
O que vamos herdar de cada momento?