terça-feira, 15 de maio de 2018

Reflexo idealista

Enquanto nos olhamos no espelho e não reconhecemos o que vemos, talvez não por não nos conhecermos o bastante, nem por termos mudado, mas por esperarmos ver algo que não somos nós. 
Algo que é construído nessa realidade imensa, algo que construímos baseados no que nos disseram que era correto. 
Quem somos nós frente ao que idealizamos como nós? 
Quando tudo já foi escrito, eu me pergunto, o que nos resta?
Talvez sejamos isso, talvez sejamos algo mais. 
Talvez não devessemos nos limitar ao que o mundo espera ou a imagem que nós tomamos como objetivo a ser atingido. 
Talvez esse objetivo possa ser caminho, mas não fim.
Nunca o fim. 
Porque somos bem mais do que tudo isso. 
Somos um mundo inteiro esperando ser descoberto - e com ser descoberto me refiro especialmente a auto descoberta.
Somos almas selvagens ansiando pelo instante em que serão libertas. 
Que saem a  noite, 
ao redor de uma fogueira, 
dançando na floresta.