terça-feira, 15 de abril de 2014

third

Costumava ser o tipo de pessoa sorridente
A qual ninguém ousaria julgar menos que feliz.
Sobre ser uma péssima mentirosa,
mas uma excelente atriz.
Saber fingir não é de todo ruim,
a maioria não se importa,
a minoria pensa que o faz;
e aos que realmente se importam é quase impossível enganar.
Quase.
Como a lua, a qual qualquer um que não soubesse
que seu brilho é proveniente do sol,
a julgaria radiante.
Mas a ilusão que a lua proporciona é originado por algo.
Falha técnica.
Mais fácil do que se imagina,
basta esconder tudo dentro da "caixinha",
totalmente fora de alcance.
Do seu próprio alcance.
Basta criar um outro universo dentro de si
Uma outra realidade
E vive-la
Porém uma hora o feitiço se quebra
A verdadeira realidade clama para emergir.
A caixinha se enche.
Transborda.
E tudo o que nela foi posto, escondido, criptografado.
Volta.
Como um sentimento catatônico,
que se pensa estar sem vida,
e quando menos se espera, ela volta e inunda-o.
E ele volta lhe invadindo, buscando o espaço que lhe é de direito.
Era proporcional.
Tomou a poção mágica de Alice.
Menor, e depois maior.
Maior do que já era,
impossível comportar.
Suplicio.
Presa até o momento em que encolha.
Até que passe pela pequena porta.
E se liberte.


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