domingo, 6 de setembro de 2015

Tantos amores largados, deixados, esquecidos. Amores vívivos e vividos e não vividos e os fracos sustentados com a força de um sim eterno.
Tantas promessas feitas, quebradas, cumpridas, esquecidas.
Tantas vidas vividas, corridas, abandonadas, contidas.
Tantas feridas curadas, abertas, expostas, mexidas.
E por esse vidro veja o mundo passando por si enquanto corre por ele.
Seria suficiente deixar o sol bater em meu rosto e refletir em minha pele branca, ou sensato esperar para vê-lo dourar em tua pele morena?
Não sei dizer ao certo, mas esses breves raios de luz no que parece ser um céu eternamente nublado, nessa chuva que foge às nuvens e escorrem pelos meus olhos, que também refletem o céu cinza, opaco, agoniante e magnífico;
um raio me desaba; como algo encantador e doce, ao mesmo tempo amedrontador.
Encaro o feixe de luz que entra pela minha cortina entreaberta.
E ele me atravessa como as flechas de Ártemis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário