quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Filha de Gaia

Deito no chão,
na terra molhada coberta de folhas secas que me servem de cama.
Nunca deveria ter saído daqui.
Deito e ouço,
me atento e aguardo,
me passo, fico.
A terra me consome,
mãe terra,
sabe quando teus filhos precisam de ti.
Consome meus fardos,
consome meu ser,
consome meus desagrados.
Mãe terra.
Sou ar, sou terra, sou água, sou fogo, sou lua.
Sou filha de Gaia



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