Nós nos desconectamos do Universo em sua supremacia
Nós nos tornamos estranhos aos movimentos da terra,
Nós pensamos que podíamos ignorar os ciclos da vida.
Nós nos esquecemos de quem somos.
Nós ambicionamos apenas sanar nossas próprias necessidades
Nós exploramos sem reaver as consequências meramente para saciar nossos desejos medíocres
Nós deturpamos o conhecimento
Nós nos prevalecemos pelo poder
Nós nos esquecemos de quem somos.
Nós regamos a floresta com seu próprio sangue
Nós matamos e destruímos por desenfado
Nós criamos nossas crianças desprovidas de memória
Nós ignoramos as necessidades arraigadas de tudo o que há
Nós nos esquecemos de quem somos.
Agora a terra é estéril,
as águas estão envenenadas,
E o ar está poluído.
Nós nos esquecemos de quem somos.
Agora, as florestas estão morrendo,
As criaturas estão desaparecendo,
Nós humanos estamos sofrendo as consequências de nossos próprios atos
E o caos reina
tirânico.
Nós nos esquecemos de quem somos.
Podemos pedir perdão
Podemos pedir o dom da lembrança
Podemos pedir força
Mas ainda não estamos prontos para recordar
ainda não estamos prontos para mudar
ainda não estamos prontos para deixar de lado as banalidades que nos trouxeram a esse ponto de destruição.
Então afirmamos em um sussurro quase inaudível:
Que nós possamos nos lembrar de quem somos
Nós nos esquecemos de quem somos.
Podemos pedir perdão
Podemos pedir o dom da lembrança
Podemos pedir força
Mas ainda não estamos prontos para recordar
ainda não estamos prontos para mudar
ainda não estamos prontos para deixar de lado as banalidades que nos trouxeram a esse ponto de destruição.
Então afirmamos em um sussurro quase inaudível:
Que nós possamos nos lembrar de quem somos
quando eu penso nisso tudo assim em perspectiva, me dá um sufocamento e eu só posso pensar na terrível frase do kafka que um dia eu ouvi por aí: “Há esperança suficiente, esperança infinita – mas não para nós”.
ResponderExcluirMas sabe que seu chamamento me lembrou também a canção "Reis do Agronegócio", do Chico César? Já ouviu? Vou te mandar.
É sufocante e desesperador. É como desventuras em série, a gente grita e avisa mas ninguém ouve.
ResponderExcluirAinda não ouvi, mas vou.