Não me era possível imaginar tamanha frieza. Pessoas assim não sentem e eu não consigo entende-las, porque eu sinto, sinto muito.
Sinto tanto que sinto por eles e sinto muito pelo resto do mundo que sente.
Um soco, dois chutes e tudo certo. Talvez uma escarrada só para completar o serviço.
Sinto tanto que sinto por eles e sinto muito pelo resto do mundo que sente.
Um soco, dois chutes e tudo certo. Talvez uma escarrada só para completar o serviço.
E nós assistimos à televisão sentados em nossos sofás, enquanto o mundo se degrada e corrompe a todos,
Um a um.
Um a um.
Haveria de se culpar quem se deixa corromper? Ou ainda os que não resistem e desistem?
Eu não os culpo, como poderia?
Mas a porta que se fecha e a luz que se apaga diante dos olhos mais serenos, são apenas uma demonstração do que está por vir.
Aquela escada que nunca acaba contra o tempo que nunca basta. Nos tira a todos a esperança.
E a lâmina nas mãos e a garrafa de vinho barato selam o desejo íntimo escondido a sete chaves.
Não me deixe cair, por favor, não me deixe cair.
Daqui de cima vejo as luzes,
lá em baixo elas se apagam.
lá em baixo elas se apagam.
Foda, foda...
ResponderExcluirPenso que essa vida que a gente inventou pra gente mesmo vai ficando cada vez mais cronicamente doente - mas como voltar? Alguns esperam pelo meteoro. Trilhamos um caminho insuportável de semi-deuses, escondemos a morte nos hospitais e esquecemos de morrer, a cada dia.
Foda isso tudo que você escreveu. Me pensa muito também.