quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Melifluo

Acendo um cigarro e desço correndo as escadas
na esperança de te encontrar sentada nos degraus a minha espera. 
Pensei ter ouvido a sua voz
mas acho que foi só impressão minha.
Tua voz ecoa na minha cabeça repetidamente 
como aquela música que você não consegue parar de cantar, 
por mais que eu tente, ela não para. 
Mas talvez eu não queira realmente que ela pare de soar, 
porque se não corro o risco da minha sanidade desandar como 
clara em neve com água.
Ela me mostra a luz que até o caminho mais escuro pode ter. 
Essa voz repete meu nome em um tom suave e doce. 

Até que eu possa ir te buscar, 
fico aqui com ela.

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